Está confirmado. Nesse domingo 05/08 ocorrerá na praça da república às 09 horas, ato público contra o reajuste das tarifas de ônibus da região metropolina. A atividade está sendo organizada pelo DCE da UFPA e já conta com a adesão de sindicatos importantes de nosso estado como o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (SINTSEP-PA) e do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Ananindeua e Marituba (SINTRAM). O Partido Socialismo e Liberdade também se fará presente. Contamos com a presença de todos (as) e com a ajuda no processo de mobilização de nossos leitores. Nos encontramos lá!
sexta-feira, 3 de agosto de 2007
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
Conselho de Transporte aprova passagem de ônibus a R$1,66
Caros leitores,
Ocorreu agora a pouco no Conselho Municipal de Transportes o que todos já estavamos esperando, ou seja, o aumento das passagens de ônibus (veja matéria abaixo). Temos que começar a preparar a resistência. Os estudantes universitários e secundaristas devem cumprir papel de vanguarda nesse processo de mobilização que deve arrastar o movimento sindical e popular organizado. Sem gente nas ruas de Belém e a depender de Duciomar Costa, Helder Barbalho e demais prefeitos da região metropolitana esse reajuste absurdo entrará rápido em vigor. é necessário tomar as ruas.
(Atualizada às 12h46) Em reunião ocorrida na manhã desta quinta-feira (2), na Ctbel(Companhia Municipal de Transportes), o Conselho Municipal de Transportes aprovou o valor de R$ 1,66, proposto pela própria Companhia, para a passagem de ônibus de Belém. A proposta representa um reajuste de 23% aos atuais R$1,35, mas ainda depende de homologação do Prefeito Duciomar Costa.
Segundo informou assessoria de imprensa da Ctbel, a proposta foi aprovada por maioria dos votos dos conselheiros, sendo 9 a 6 e uma abstenção. Três, dos 16 conselheiros, faltaram à reunião.
A ata da reunião, contendo todos os assuntos discutidos no encontro e a decisão assinada pelo relator, Silas Ebenezer, será encaminhada ao Prefeito de Belém, ainda hoje. É de Duciomar Costa a decisão final, homologando, ou não, o valor proposto pelo Conselho. Não há prazo limite para que o Prefeito decida sobre a tarifa.
A proposta aprovada derruba a da Setransbel (Sindicato das Empresas de Transportes de Belém), que propôs o valor de R$ 1,73, num aumento de cerca de 28%.
Ainda de acordo com a Ctbel, não foi discutido valor exato da meia-passagem na reunião de hoje. A priori prevalece o regido por lei, 50% do valor da inteira, o que representaria R$0,83. Protesto - O DCE (Diretório Central dos Estudantes) da Universidade Federal do Pará, em parceira com várias entidades sindicais e estudantis, informou que está programando uma grande manifestação, para o domingo (05), na Praça da República. Será feita coleta de assinaturas para um abaixo-assinado pedindo o congelamento da tarifa, a ser entregue à Prefeitura de Belém.
Durante a próxima semana, essas entidades vão visitar escolas secundaristas chamando os estudantes a participar de um outro ato marcado para a próxima sexta-feira(10). 'O local ainda não está definido, mas podemos até fechar alguma rua, em protesto', afirmou um dos coordenadores do DCE, Fabrício Gomes.Análise - A proposta, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócioeconômicos), está acima da inflação. O trabalhador que apanha duas conduções por dia comprometerá 20,96% do mínimo, o que faz o gasto saltar de R$ 64,80 para R$ 79,68.
Um estudo divulgado pelo Departamento mostra que em um ano - entre maio de 2006, data do último reajuste, até julho de 2007 - a inflação ficou na casa dos 3,85%. O percentual elevaria a tarifa para, no máximo, R$1,40. O valor teria impacto mensal de 17,68% no salário mínimo, que este ano teve reajuste de 8,57%.
O mesmo estudo diz que tanto a proposta dos empresários, quanto a do órgão regulador de transporte na capital paraense, levaram em consideração apenas o equilíbrio financeiro das empresas. Além disso, a Lei Orgânica do Município prevê que o aumento da tarifa de ônibus seja baseado no poder aquisitivo da população, que pode ser mensurado pela inflação e pelos salários.
'É verdade que o reajuste apenas pela inflação fará com que a passagem de Belém continue sendo a mais baixa do país o que, sem dúvida alguma não trará grandes mudanças no atual perfil do sistema de transporte da capital, mas é verdade também que reajustes acima do poder aquisitivo da população como os propostos, além de trazer prejuízos do ponto de vista de impactos no bolso dos assalariados, também não mudará o atual sistema de transporte caso seja efetivado de forma isolada', ponderou o supervisor técnico do Dieese, Roberto Sena.
Segundo informou assessoria de imprensa da Ctbel, a proposta foi aprovada por maioria dos votos dos conselheiros, sendo 9 a 6 e uma abstenção. Três, dos 16 conselheiros, faltaram à reunião.
A ata da reunião, contendo todos os assuntos discutidos no encontro e a decisão assinada pelo relator, Silas Ebenezer, será encaminhada ao Prefeito de Belém, ainda hoje. É de Duciomar Costa a decisão final, homologando, ou não, o valor proposto pelo Conselho. Não há prazo limite para que o Prefeito decida sobre a tarifa.
A proposta aprovada derruba a da Setransbel (Sindicato das Empresas de Transportes de Belém), que propôs o valor de R$ 1,73, num aumento de cerca de 28%.
Ainda de acordo com a Ctbel, não foi discutido valor exato da meia-passagem na reunião de hoje. A priori prevalece o regido por lei, 50% do valor da inteira, o que representaria R$0,83. Protesto - O DCE (Diretório Central dos Estudantes) da Universidade Federal do Pará, em parceira com várias entidades sindicais e estudantis, informou que está programando uma grande manifestação, para o domingo (05), na Praça da República. Será feita coleta de assinaturas para um abaixo-assinado pedindo o congelamento da tarifa, a ser entregue à Prefeitura de Belém.
Durante a próxima semana, essas entidades vão visitar escolas secundaristas chamando os estudantes a participar de um outro ato marcado para a próxima sexta-feira(10). 'O local ainda não está definido, mas podemos até fechar alguma rua, em protesto', afirmou um dos coordenadores do DCE, Fabrício Gomes.Análise - A proposta, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócioeconômicos), está acima da inflação. O trabalhador que apanha duas conduções por dia comprometerá 20,96% do mínimo, o que faz o gasto saltar de R$ 64,80 para R$ 79,68.
Um estudo divulgado pelo Departamento mostra que em um ano - entre maio de 2006, data do último reajuste, até julho de 2007 - a inflação ficou na casa dos 3,85%. O percentual elevaria a tarifa para, no máximo, R$1,40. O valor teria impacto mensal de 17,68% no salário mínimo, que este ano teve reajuste de 8,57%.
O mesmo estudo diz que tanto a proposta dos empresários, quanto a do órgão regulador de transporte na capital paraense, levaram em consideração apenas o equilíbrio financeiro das empresas. Além disso, a Lei Orgânica do Município prevê que o aumento da tarifa de ônibus seja baseado no poder aquisitivo da população, que pode ser mensurado pela inflação e pelos salários.
'É verdade que o reajuste apenas pela inflação fará com que a passagem de Belém continue sendo a mais baixa do país o que, sem dúvida alguma não trará grandes mudanças no atual perfil do sistema de transporte da capital, mas é verdade também que reajustes acima do poder aquisitivo da população como os propostos, além de trazer prejuízos do ponto de vista de impactos no bolso dos assalariados, também não mudará o atual sistema de transporte caso seja efetivado de forma isolada', ponderou o supervisor técnico do Dieese, Roberto Sena.
Redação Online
domingo, 29 de julho de 2007
EMPRESÁRIOS DE ÔNIBUS QUEREM TARIFA DE R$ 1,73
Transporte
Mas Ctbel defende reajuste menor. O aumento vai ser discutido no dia 2.
Na próxima quinta-feira, 2, o Conselho Municipal de Transporte de Belém reúne-se para discutir o reajuste das tarifas de ônibus urbanos da capital paraense. O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Belém (Setransbel) quer que o valor aumente de R$ 1,35 para R$ 1,73. A proposta da Companhia de Transportes do Município de Belém (Ctbel) é R$ 1,66. Fontes ligadas ao prefeito Duciomar Costa garantem, no entanto, que o novo valor da tarifa deve ficar em R$ 1,55.
A planilha de custos do Setransbel já foi protocolada na Ctbel e estabelece o valor de R$ 1,73, o que representa um reajuste de 28% no preço da tarifa. A justificativa do setor patronal para esta proposta é a defasagem do valor atual frente ao aumento de custos dos varios itens que compõem a planilha, com destaque para os combustíveis. Na sexta-feira, 27, a Ctbel apresentou a sua planilha técnica, com proposta de R$ 1,66 para o valor da passagem, um reajuste de 23% em relação ao atual. A reunião do conselho municipal foi convocada pela Ctbel para às 10 horas de quinta-feira. A idéia é que os membros do conselho discutam e, se possível, definam o valor da nova tarifa que será posteriormente encaminhada ao prefeito para a homologação.
De acordo com o supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) do Pará, Roberto Sena, o que chama a atenção nas duas propostas apresentadas é o percentual dos reajustes propostos e a diferença entre eles. 'A análise do Dieese do Pará é que as duas propostas ficam bem acima da Inflação acumulada no período', explica Sena.
A inflação estimada pelo Dieese do Pará para o período de maio de 2006 - data do último ajuste aprovado, quando a passagem dos ônibus urbanos da capital passou de R$ 1,25 para R$ 1,35 - a julho deste ano atinge 3,85%. Caso esse percentual fosse aplicado para reajustar as tarifas o valor da passagem ficaria em, no máximo, R$ 1,40, o que já provocaria um impacto mensal de 17,68% sobre o salário mínimo, reajustado em abril por um percentual de 8,57%.
Segundo as analises do Dieese, as duas propostas de reajuste das tarifas de ônibus urbanos levam em consideração apenas o equilíbrio financeiro das empresas por meio da recomposição dos custos planilhados, mas nenhuma das propostas atende à Lei Orgânica do Município que prevê que a tarifa em Belém tem que levar em consideração o poder aquisitivo da população, mensurado principalmente pelos índices de inflação e de recomposição salarial. Caberá ao conselho, na reunião de quinta-feira, bater o martelo sobre a questão.
'É verdade que o reajuste apenas pela inflação fará com que a passagem de Belém continue a ser a mais baixa do País o que, sem dúvida alguma, não trará grandes mudanças no atual perfil do sistema de transporte da capital, mas é verdade também que reajustes acima do poder aquisitivo da população, além de trazerem prejuízos do ponto de vista de impactos no bolso dos assalariados, também não mudarão o atual sistema de transporte, caso sejam efetivados de forma isolada', avalia o supervisor técnico do Dieese. Para Sena, mais do que discutir valor de tarifa, o importante é estabelecer um sistema de transporte mais equilibrado e que corresponda às necessidades da população.
Mas Ctbel defende reajuste menor. O aumento vai ser discutido no dia 2.
Na próxima quinta-feira, 2, o Conselho Municipal de Transporte de Belém reúne-se para discutir o reajuste das tarifas de ônibus urbanos da capital paraense. O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Belém (Setransbel) quer que o valor aumente de R$ 1,35 para R$ 1,73. A proposta da Companhia de Transportes do Município de Belém (Ctbel) é R$ 1,66. Fontes ligadas ao prefeito Duciomar Costa garantem, no entanto, que o novo valor da tarifa deve ficar em R$ 1,55.
A planilha de custos do Setransbel já foi protocolada na Ctbel e estabelece o valor de R$ 1,73, o que representa um reajuste de 28% no preço da tarifa. A justificativa do setor patronal para esta proposta é a defasagem do valor atual frente ao aumento de custos dos varios itens que compõem a planilha, com destaque para os combustíveis. Na sexta-feira, 27, a Ctbel apresentou a sua planilha técnica, com proposta de R$ 1,66 para o valor da passagem, um reajuste de 23% em relação ao atual. A reunião do conselho municipal foi convocada pela Ctbel para às 10 horas de quinta-feira. A idéia é que os membros do conselho discutam e, se possível, definam o valor da nova tarifa que será posteriormente encaminhada ao prefeito para a homologação.
De acordo com o supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) do Pará, Roberto Sena, o que chama a atenção nas duas propostas apresentadas é o percentual dos reajustes propostos e a diferença entre eles. 'A análise do Dieese do Pará é que as duas propostas ficam bem acima da Inflação acumulada no período', explica Sena.
A inflação estimada pelo Dieese do Pará para o período de maio de 2006 - data do último ajuste aprovado, quando a passagem dos ônibus urbanos da capital passou de R$ 1,25 para R$ 1,35 - a julho deste ano atinge 3,85%. Caso esse percentual fosse aplicado para reajustar as tarifas o valor da passagem ficaria em, no máximo, R$ 1,40, o que já provocaria um impacto mensal de 17,68% sobre o salário mínimo, reajustado em abril por um percentual de 8,57%.
Segundo as analises do Dieese, as duas propostas de reajuste das tarifas de ônibus urbanos levam em consideração apenas o equilíbrio financeiro das empresas por meio da recomposição dos custos planilhados, mas nenhuma das propostas atende à Lei Orgânica do Município que prevê que a tarifa em Belém tem que levar em consideração o poder aquisitivo da população, mensurado principalmente pelos índices de inflação e de recomposição salarial. Caberá ao conselho, na reunião de quinta-feira, bater o martelo sobre a questão.
'É verdade que o reajuste apenas pela inflação fará com que a passagem de Belém continue a ser a mais baixa do País o que, sem dúvida alguma, não trará grandes mudanças no atual perfil do sistema de transporte da capital, mas é verdade também que reajustes acima do poder aquisitivo da população, além de trazerem prejuízos do ponto de vista de impactos no bolso dos assalariados, também não mudarão o atual sistema de transporte, caso sejam efetivados de forma isolada', avalia o supervisor técnico do Dieese. Para Sena, mais do que discutir valor de tarifa, o importante é estabelecer um sistema de transporte mais equilibrado e que corresponda às necessidades da população.
Matéria publicada no Jornal O Liberal em 28 de Julho de 2007
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