Ocorreu agora a pouco no Conselho Municipal de Transportes o que todos já estavamos esperando, ou seja, o aumento das passagens de ônibus (veja matéria abaixo). Temos que começar a preparar a resistência. Os estudantes universitários e secundaristas devem cumprir papel de vanguarda nesse processo de mobilização que deve arrastar o movimento sindical e popular organizado. Sem gente nas ruas de Belém e a depender de Duciomar Costa, Helder Barbalho e demais prefeitos da região metropolitana esse reajuste absurdo entrará rápido em vigor. é necessário tomar as ruas.
(Atualizada às 12h46) Em reunião ocorrida na manhã desta quinta-feira (2), na Ctbel(Companhia Municipal de Transportes), o Conselho Municipal de Transportes aprovou o valor de R$ 1,66, proposto pela própria Companhia, para a passagem de ônibus de Belém. A proposta representa um reajuste de 23% aos atuais R$1,35, mas ainda depende de homologação do Prefeito Duciomar Costa.
Segundo informou assessoria de imprensa da Ctbel, a proposta foi aprovada por maioria dos votos dos conselheiros, sendo 9 a 6 e uma abstenção. Três, dos 16 conselheiros, faltaram à reunião.
A ata da reunião, contendo todos os assuntos discutidos no encontro e a decisão assinada pelo relator, Silas Ebenezer, será encaminhada ao Prefeito de Belém, ainda hoje. É de Duciomar Costa a decisão final, homologando, ou não, o valor proposto pelo Conselho. Não há prazo limite para que o Prefeito decida sobre a tarifa.
A proposta aprovada derruba a da Setransbel (Sindicato das Empresas de Transportes de Belém), que propôs o valor de R$ 1,73, num aumento de cerca de 28%.
Ainda de acordo com a Ctbel, não foi discutido valor exato da meia-passagem na reunião de hoje. A priori prevalece o regido por lei, 50% do valor da inteira, o que representaria R$0,83. Protesto - O DCE (Diretório Central dos Estudantes) da Universidade Federal do Pará, em parceira com várias entidades sindicais e estudantis, informou que está programando uma grande manifestação, para o domingo (05), na Praça da República. Será feita coleta de assinaturas para um abaixo-assinado pedindo o congelamento da tarifa, a ser entregue à Prefeitura de Belém.
Durante a próxima semana, essas entidades vão visitar escolas secundaristas chamando os estudantes a participar de um outro ato marcado para a próxima sexta-feira(10). 'O local ainda não está definido, mas podemos até fechar alguma rua, em protesto', afirmou um dos coordenadores do DCE, Fabrício Gomes.Análise - A proposta, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócioeconômicos), está acima da inflação. O trabalhador que apanha duas conduções por dia comprometerá 20,96% do mínimo, o que faz o gasto saltar de R$ 64,80 para R$ 79,68.
Um estudo divulgado pelo Departamento mostra que em um ano - entre maio de 2006, data do último reajuste, até julho de 2007 - a inflação ficou na casa dos 3,85%. O percentual elevaria a tarifa para, no máximo, R$1,40. O valor teria impacto mensal de 17,68% no salário mínimo, que este ano teve reajuste de 8,57%.
O mesmo estudo diz que tanto a proposta dos empresários, quanto a do órgão regulador de transporte na capital paraense, levaram em consideração apenas o equilíbrio financeiro das empresas. Além disso, a Lei Orgânica do Município prevê que o aumento da tarifa de ônibus seja baseado no poder aquisitivo da população, que pode ser mensurado pela inflação e pelos salários.
'É verdade que o reajuste apenas pela inflação fará com que a passagem de Belém continue sendo a mais baixa do país o que, sem dúvida alguma não trará grandes mudanças no atual perfil do sistema de transporte da capital, mas é verdade também que reajustes acima do poder aquisitivo da população como os propostos, além de trazer prejuízos do ponto de vista de impactos no bolso dos assalariados, também não mudará o atual sistema de transporte caso seja efetivado de forma isolada', ponderou o supervisor técnico do Dieese, Roberto Sena.
Segundo informou assessoria de imprensa da Ctbel, a proposta foi aprovada por maioria dos votos dos conselheiros, sendo 9 a 6 e uma abstenção. Três, dos 16 conselheiros, faltaram à reunião.
A ata da reunião, contendo todos os assuntos discutidos no encontro e a decisão assinada pelo relator, Silas Ebenezer, será encaminhada ao Prefeito de Belém, ainda hoje. É de Duciomar Costa a decisão final, homologando, ou não, o valor proposto pelo Conselho. Não há prazo limite para que o Prefeito decida sobre a tarifa.
A proposta aprovada derruba a da Setransbel (Sindicato das Empresas de Transportes de Belém), que propôs o valor de R$ 1,73, num aumento de cerca de 28%.
Ainda de acordo com a Ctbel, não foi discutido valor exato da meia-passagem na reunião de hoje. A priori prevalece o regido por lei, 50% do valor da inteira, o que representaria R$0,83. Protesto - O DCE (Diretório Central dos Estudantes) da Universidade Federal do Pará, em parceira com várias entidades sindicais e estudantis, informou que está programando uma grande manifestação, para o domingo (05), na Praça da República. Será feita coleta de assinaturas para um abaixo-assinado pedindo o congelamento da tarifa, a ser entregue à Prefeitura de Belém.
Durante a próxima semana, essas entidades vão visitar escolas secundaristas chamando os estudantes a participar de um outro ato marcado para a próxima sexta-feira(10). 'O local ainda não está definido, mas podemos até fechar alguma rua, em protesto', afirmou um dos coordenadores do DCE, Fabrício Gomes.Análise - A proposta, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócioeconômicos), está acima da inflação. O trabalhador que apanha duas conduções por dia comprometerá 20,96% do mínimo, o que faz o gasto saltar de R$ 64,80 para R$ 79,68.
Um estudo divulgado pelo Departamento mostra que em um ano - entre maio de 2006, data do último reajuste, até julho de 2007 - a inflação ficou na casa dos 3,85%. O percentual elevaria a tarifa para, no máximo, R$1,40. O valor teria impacto mensal de 17,68% no salário mínimo, que este ano teve reajuste de 8,57%.
O mesmo estudo diz que tanto a proposta dos empresários, quanto a do órgão regulador de transporte na capital paraense, levaram em consideração apenas o equilíbrio financeiro das empresas. Além disso, a Lei Orgânica do Município prevê que o aumento da tarifa de ônibus seja baseado no poder aquisitivo da população, que pode ser mensurado pela inflação e pelos salários.
'É verdade que o reajuste apenas pela inflação fará com que a passagem de Belém continue sendo a mais baixa do país o que, sem dúvida alguma não trará grandes mudanças no atual perfil do sistema de transporte da capital, mas é verdade também que reajustes acima do poder aquisitivo da população como os propostos, além de trazer prejuízos do ponto de vista de impactos no bolso dos assalariados, também não mudará o atual sistema de transporte caso seja efetivado de forma isolada', ponderou o supervisor técnico do Dieese, Roberto Sena.
Redação Online